Relatório
Educação e Psicanálise
A pedido da Secretária Municipal de Educação de Jaguaquara, Maristela Amaral, fiz atendimento psicanalítico nas escolas durante os anos de 2011 e 2012, voltado para as crianças, pais e professores, tendo como instrumento de trabalho a fala e a escuta.
O trabalho se desenvolveu articulando as Secretarias de Assistência Social, Saúde e comunidade. Deste modo a Psicanálise chegou a dez escolas municipais, incluindo Sede, Entroncamento e Zona Rural. Das observações realizadas no contato direto com as escolas resultaram dois cursos de formação para professores, orientações para estudantes e pais. No diálogo entre Psicanálise e Educação percebi que havia outro passo no caminho para atingir a aprendizagem das crianças, uma vez que a psicanálise tem como objeto o inconsciente e trabalho com a fala e a escuta, os quais proporcionam o auto-conhecimento da pessoa, fomos ao encontro de uma melhor adaptação interpessoal de uma fonoaudióloga para trabalhar com a dificuldade fonológica (gagueira e mutismo).
O Tratamento psicanalítico:
• Diminuição da ansiedade, alívio nos sentimentos de culpa;
• Tolerância para suportar fracasso;
• Interesse de trabalho, lúdico, alegria;
• Adaptação à escola, a professora e a vida social.
Para que o atendimento psicanalítico seja melhor, com mais qualidade, seria preciso um espaço adequado, com mobiliário propício e material didático e lúdico a ser relacionado, pois os atendimentos chegaram acontecer até debaixo de árvores, apesar de ser bem ecológico é fundamental certos materiais para o desenvolvimento de algumas atividades.
Luiza Gonzaga de Souza
12-12-2012
Para o Blog:
O novo na Educação e na Saúde – 2012: Fonoaudiologia
Noventa e oito estudantes das escolas municipais foram cadastrados pela Secretaria de Saúde no SUS (Sistema Único de Saúde), e já estão sendo atendidos duas vezes por semana no Hospital pela fonoaudióloga.
O objetivo do tratamento é corrigir algumas disfunções na fala, na leitura e na escrita que impedem o avanço dos estudantes na aprendizagem e no relacionamento consigo e com os colegas, pois apresentam gagueira e mutismo.
Resultado: Os estudantes que começaram o tratamento em agosto apresentam melhora significativa na dicção, na aprendizagem, no gosto de ir à escola e no convívio social.
Para obter maior sucesso, pais e professores devem estimular os estudantes, demonstrar interesse pelo tratamento, pois os jovens e as crianças gostam de saber que seus pais e professores sentem orgulho por eles estarem se aperfeiçoando “mais e melhor na banca do hospital”, onde são orientados para aprender a conviver com as diferenças, de forma amorosa, com a finalidade de atingir o bem viver com respeito, uma vez que o trabalho é realizado em grupo e individualmente.
Diante dos desafios sociais percebidos nestes dois anos de trabalho, a educação precisa de psicólogos, nutricionistas, neuropediatra, odontólogos, etc., para proporcionar melhor qualidade de vida às crianças, sobretudo nas séries iniciais.
Fonte: Luiza Gonzaga de Souza
12-12-2012
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